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segunda-feira, janeiro 02, 2006

Os animais e os conceitos

Depois de um período em que outras obrigações não permitiram efectuar novas postagens, propomos a reflexão sobre um assunto porventura marginal. Ou talvez não...

OS ANIMAIS SÃO CAPAZES DE LIDAR COM CONCEITOS?
Alguns Contributos para a luta contra a presunção do Hominídeo


Para a maioria das pessoas, é inadmissível que os animais não humanos (aves, mamíferos, etc.) consigam manipular conceitos. Para a maioria das pessoas, o “conceito” é um objecto exclusivo da mente humana. Mesmo muitos psicólogos não admitem a possibilidade de animais não humanos poderem elaborar e manipular conceitos – aliás a maioria até desconhece as experiências que demonstram essa possibilidade.
Só a experimentação científica poderá esclarecer esta questão. Para esse efeito, a primeira etapa consiste em definir claramente o que se entende por “conceito”.
Quer do ponto de vista da filosofia, quer do ponto de vista da psicologia cognitiva, um conceito implica uma generalização dentre de classes e entre classes. É esta generalização “dentro” (within) e “entre” (among) que distingue um conceito de uma categoria. Transpondo esta caracterização de um conceito para a psicologia experimental, diz-se que um ser vivo exibe comportamento conceptual se responde similarmente a velhos e a novos elementos de uma classe de estímulos e se responde diferentemente a velhos e novos elementos de outra classe de estímulos.
Tendo em conta esta definição operacional, Herrnstein e colaboradores, em 1976, treinaram pombos a discriminar slides de árvores (S+s) de slides de não-árvores (S-s), num total de 700 slides, pressionando teclas dispensadoras de comida para os slides com árvores e não pressionando nas teclas dispensadoras de comida para os slides sem árvores. Descobriu que estas mesmas aves foram capazes de discriminar árvores de não-árvores numa série completamente nova de 800 slides. Isto é, os pombos foram capazes de realizar uma tarefa que respeita os critérios da supracitada definição operacional. Esta experiência inaugural deu início a uma série de experiências sobre pensamento conceptual em aves e outros animais que ainda hoje se realizam.


Por exemplo, no Journal of Experimental Psychology, de 1988 (pp. 219-234) é relatada a experiência de Bhatt, Wasserman, Reynolds e Knaus, em que os investigadores usaram uma nova metodologia para estudar a aprendizagem conceptual em animais. A mais importante diferença em relação à experiência da equipa de Herrnstein é que aquela requer que os animais aprendam mais do que um conceito em simultâneo. Usaram um écran quadrado grande no qual projectavam slides coloridos. Em cada um dos quatro cantos do écran há uma tecla, cada uma associada a um conceito diferente: flores, cadeiras, carros e pessoas (cf. Figura 2).

Os investigadores usaram dois grupos experimentais: um grupo de ensaios não repetidos (ENR) e um grupo de ensaios repetidos (ER). No grupo de ensaios não repetidos, os animais (4 pombos) nunca viam um mesmo slide mais do que uma vez. No grupo de ensaios repetidos, eram usados sempre os mesmos slides relativos a cada um dos quatro conceitos. No grupo de ensaios não repetidos, foram usados nas experiências 2000 slides, 500 para cada uma das 4 categorias (flores, cadeiras, carros e pessoas). Em cada 50 dias, cada pombo era treinado com 40 slides, 10 de cada categoria.
Como se pode constatar nos gráficos da figura 3, em ambas as condições de treino os pombos realizaram discriminações com êxito, embora os procedimentos de repetição resultassem em melhores desempenhos. Ambas as condições geraram efeitos que se distinguem de modo altamente significativo do esperado pelo acaso. Não houve diferenças estatisticamente significativas na eficácia discriminativa entre os quatro conceitos.

Os “teimosos” poderão argumentar que os pombos realizaram estas operações graças unicamente à memória. Para testar esta hipótese, Wasserman, Kiedinger e Bhatt (pp. 235-245 do mesmo jornal) comparam a tarefa de classificação por categoria natural com a classificação por pseudo-categoria. As pseudo-categorias eram feitas aleatoriamente com exemplares das quatro categorias naturais usadas: flores, cadeiras, carros e pessoas. Para aprenderem a usar as pseudo-categorias os pombos teriam de recorrer exclusivamente à memorização dos exemplares incluídos nas classes.
Como é mais difícil memorizar exemplares um a um do que aprender conceitos que descrevem todos os possíveis exemplares, esperar-se-ia que não houvesse diferenças de desempenho nos pombos nas duas situações experimentais no caso de a hipótese de recurso exclusivo à memória estar correcta.
Para os ensaios com categorias naturais usaram uma tecla para cada conceito: 20 gatos, 20 flores, 20 carros e 20 cadeiras. Para os ensaios com pseudo-categorias, cada tecla era associada a categorias constituídas aleatoriamente por 5 gatos, 5 flores, 5 carros e 5 cadeiras.
Os resultados não confirmam a hipótese dos “teimosos” (cf. Figura 4).

O gráfico mostra claramente que os pombos têm melhor desempenho com conceitos naturais do que com pseudo-categorias que têm de memorizar. Estes resultados têm sido encontrados em experiências semelhantes com outras espécies.
Por exemplo, a maioria das pessoas desconhece que pombos treinados a distinguir pinturas de Picasso (cubista) de pinturas de Monet (impressionista) conseguem, posteriormente, distinguir outras pinturas cubistas (ex.: Braque) de outras pinturas impressionistas (ex.: Cezanne) sem qualquer treino adicional. Também distinguem peças de música clássica.
Em suma, os animais não humanos conseguem mais do que os humanos admitem. A psicologia do comportamento animal é um domínio científico fascinante que, infelizmente, é descurado na maior parte das escolas de formação em psicologia. Em Portugal, onde há mais de 30 escolas de formação de psicólogos, entre universidades públicas e privadas, apenas na Universidade do Minho e no ISPA há projectos de investigação e laboratórios de psicologia animal.
A psicologia animal ensina-nos mais acerca dos humanos do que as correntes convencionais de carácter ideográfico – lírico-narrativo, para além de que combate a virulenta presunção de hominídeo que muito tem alimentado o desrespeito pelos animais a coberto de uma defesa piedosa e pouco eficaz.

17 Comments:

At 4/1/06 9:16 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Pensei que se tinham cansado do blog. Ainda bem que é para continuar.
Proponho que um dos próximos temas seja a requalificação da frente ribeirinha. Alguém percebe o que se pretende fazer?

 
At 4/1/06 3:04 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Com todo o respeito pelo autor e pela inteligência dos animais, acho que há matéria de sobra na Figueira para que este blog lhe dê atenção. Até porque até anda por aí um coelho atrevido, a saltar entre políticos!!!!

 
At 3/2/06 3:28 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Este blog ainda é vivo?

 
At 6/6/06 5:49 da tarde, Anonymous Anónimo said...

será que o autor não consegue fundamentar posições sobre a figueira?
Porque vai buscar artigos científicos, e uma visaão polémica da psicologia?
Como cidadão deixa a desejar.
naão assume, excepto tentar lançar um candidadto á CM, por detrá do pano, e fugiu, passou pelo P.S, PSD, e tentou, novamente o PS.
Como não o acolheram, mandou a mulher e a "criada" para o B.E sem se comprometer.
Gaita que cidadão é este.
assuma-se

 
At 13/7/06 8:40 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Este anónimo não deixa de ser curioso. Pede ao cidadão autor que se assuma MAS também não se assume, não se identifica.
São estes anónimos que nem os partidos de extrema os querem. Valha-me Deus. Veja-se ao espelho.

 
At 25/7/06 11:15 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Por falar em animais:
O blogue do José Luis Sousa (abeiramar) tem vindo a criticar o facto de os funcionários da Câmara terem direito a estacionar por €5 mensais.
Não é que descobri que os jornalistas (ele incluído, apesar de já não exercer na Figueira) têm direito a estacionar por €00 mensais???
Quando tentei escrevê-lo nos comentários, o que fez o JLS? Simplesmente não o publicou...
É assim a democracia e os telhados de vidro: este senhor tendo telhado de vidro atira pedras aos telhados dos outros com a garantia de poder censurar quem tente mostrar verdades incómodas...

 
At 30/7/06 12:17 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Se é verdade o que este munícipe escreveu é inaceitável que tal aconteça. Infelizmente, a maioria das pessoas que colhem benefícios não abdicam deles quando, por qualquer razão, os perdem. Apesar de tudo, o JLS até desempenhou um bom papel na blogosfera figueirense.

 
At 30/7/06 12:19 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Alguem sabe alguma coisa sobre as centrais termelectricas para nossa urbe?

 
At 9/8/06 10:04 da manhã, Anonymous Anónimo said...

os animais pressentem que existem humanos muita estúpidos muta carentes muita palermas que TÉ COMO ANIMAIS GOSTAM DE SE COMER UUNS AOS OUTROS nÉ? Ò PÁ ESTE BLOG È MESMO AMIGO DOS ANIMAIS? TENHO UMA PROPOSTA A FAZER...

 
At 16/8/06 1:22 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Ao ler estes comentários é de facto de salientar a ignorância de pessoas que querem dizer muito mas não dizem NADA. Além disto nem escrever sabem. Como é possível? Políticos, entendidos na matéria? Mas que "gentinha" é esta? O quarto anónimo não sabe o que diz, nem se percebe o que ele quer dizer, deve ser um parolo qualquer...ou então tem é dor de cotovelo do autor. O autor é um individuo que sempre assume o que faz. Se passou pelo PS e pelo PSD e de demitiu, não foi o primeiro nem será o último. Fêz muito bem. Experimentou os dois maiores partidos e viu que nenhum deles presta ou então é mais esperto do que alguns e não pertencendo a partido nehum consegue controlar todos! E esta? A mulher tem vontade própria e sabe muito bem o que quer, e "criada"...em que século esta pessoa vive? Já não as há. As empregadas hoje são muito bem pagas. Além disso sei que a a D. Susana não consta dos ficheiros do BE nem nunca constou.
Aqui fica a explicação, não para o anónimo parolo, mas para os demais que não conheçam o autor: Professor Doutor Carlos Fernandes, uma pessoa com uma vida profissional e pessoal que faz inveja a qualquer um.

 
At 16/8/06 1:34 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Já agora, o gato à solta que faça a proposta de uma vêz. Pelo menos há sete dias que espero ler a proposta. Como todos os gatos que se prezem anda a vadiar. Só espero é que este gato não seja uma figura com algum cargo considerado importante, pois senão a Figueira está mesmo entregue aos bichos. Se assim for, senhor autor use a sua influência e traga para cá gente que trabalhe.

 
At 16/8/06 7:07 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Quando é que os nossos concidadãos se tornam capazes de discutir ideias em vez de pessoas? Seja sobre animais, plantas, políticas, ciência, ambiente, o que interessa é que se espicassem os autores dos blogs para continuarem o que sabem fazer. esta dos animais pensarem não tem nada a ver com os problemas da figueira, mas talvez demonstrem como há pessoas que não conseguem fazer o que os animais fazem: pensar!

 
At 19/8/06 12:23 da tarde, Anonymous Anónimo said...

caro bloquista Gato à solta. O meu amigo não é de certeza da urbe. alguns autores deste blog são membros da profauna, uma associação de ambiente que protege a natureza e os animais. Se calhar é porque os animais pensam, eh eh eh eh eh eh

 
At 24/8/06 9:30 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Já agora,de que proveito é para a humanidade a inteligencia dos pombos????A pesquisa para doenças graves não seria muito mais importante? Valha-me Deus!

 
At 26/8/06 9:33 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Caro bloquista. se não sabe devia saber que é com animais que se descobrem as curas para as doenças graves. como pode tratar doenças como o alzheimer se não conhecer os mecanismos da inteligencia? Anda a ler muito pouco ou nada e a comer muito morango com açucar

 
At 28/8/06 3:32 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ó DR. Curto,

mas Alzheimer tem a ver com demência, não é? Inteligencia é outro departamento!

Não coma tantos morangos das suas pacientes, andam a fazer-lhe mal!

 
At 31/8/06 11:07 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Meu deus, o que fizeram ás muralhas de buarcos. Este blog não se pronuncia sobre aquele atentado ao patrimonio historico? E sobre a possibilidade de se fazer prospecção de petróleo ao largo da Figueira? Já cá andaram há décadas e nada, para quê agora? Que interesses estão envolvidos?

 

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