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sábado, setembro 10, 2005

Património Geológico do Cabo Mondego

De há cerca de 20 anos a esta parte, a comunidade científica tem vindo a divulgar a importância do património geológico do Cabo Mondego para a explicação da história da Terra, exigindo a sua classificação como Monumento Natural protegido.
Já em 1884, foram reconhecidas pegadas de dinossáurios terópodes, atribuídas a Megalosaurídeos do Oxfordiano (Jurássico Superior). Mas o valor elevado destes registos não impediu a instalação e a actividade da fábrica de cimento do Cabo Mondego que, num período de mais de 30 anos, suscitou sempre protestos mais ou menos veementes, perante a destruição irreversível de inúmeros testemunhos.
O assunto foi introduzido na agenda política de quase todos os partidos e governos, até porque, em 1996, a International Union of Geological Sciences estabeleceu o primeiro estratotipo de limite do Jurássico (GSSP – Global Stratotype Section and Point) que passou a ser uma referência de tempo geológico com valor mundial.
Nas unidades estratigráficas do Cabo Mondego encontram-se inúmeros fósseis que servem como marcadores que permitem calibrar as escalas do tempo com extraordinária precisão. Exemplo disso são as amonites (moluscos cefalópodes com esqueleto externo); diversas associações paleoflorísticas que permitem fazer reconstituições das paisagens do Jurássico; fósseis de recifes de coral que caracterizam os ambientes marinhos e icnofósseis que, para além das já referidas pegadas de dinossáurios, reflectem a composição e actividade de diversos organismos do Jurássico.



Perante um valor desta magnitude, ninguém pode ficar indiferente e exigem-se explicações dos nossos governantes que, de forma alheada e irresponsável, vão dormindo sobre as ruínas que a fábrica de cimento diariamente vai produzindo.
De promessa em promessa este património continua a ser destruído. E parece que não vêem que ali está um imenso potencial endógeno de desenvolvimento.

14 Comments:

At 10/9/05 5:49 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Obrigado pela explicação clara e sucinta.
Mas, afinal, de quem é a culpa de o Cabo Mondego continuar a ser sujeito a tanta destruição?... da Cãmara?... do governo?... dalgum organismo fantasma?

 
At 10/9/05 7:22 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O Figueiramais éuma ONG? se for acho que deve fazer barulho nas ruas ou em lisboa para preservar este património. É uma vergonha. Podia ser um ponto de turismo educativo.

 
At 10/9/05 7:34 da tarde, Anonymous Anónimo said...

em portugal a ciencia tem pouco valor. um fóssil é um pedaço de pedra para por lá em casa e mostrar aos amigos ou para fazer de cinzeiro.

 
At 10/9/05 10:54 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Aquela cratera é simplesmenteum crime contra natura. Todos sabem, todos falam, todos a vêm mas... ninguém faz nada!

 
At 11/9/05 12:15 da manhã, Anonymous Anónimo said...

A Camara Municipal, através do Eng Duarte Silva - que Nosso Senhor vai ajudar a ser eleito de novo - te-se insurgido contra o que ali se passa.
Mas o Governo do Sócrates está a preparar-se para lhe dar a licença ambiental...

 
At 11/9/05 12:15 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Quando estudava aí no Liceu, fazíamos visitas de estudo ao local com os Professores Lacerda e víamos grandes quantidades de fósseis, com muito interesse. Assim, acho bem que parem aquela vergonha terceiromundista. Mas não creio na bondade da atitude recente do Presidente da Câmara, ele próprio responsável por atentados ecológicos enquanto Ministro da Agricultura.

 
At 11/9/05 8:40 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O figueiramais não pode fazer uma carta á onu ou ao tribunal europeu e recolher milhares de assinaturas para se conseguir acabar com aquele atentado?

 
At 12/9/05 11:17 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Anda tudo na hipocrisia e a destruição continua a avançar. Faz lembrar o aterro de Maiorca. Acho que ainda estão para vir muito más surpresas deste governo para a Figueira. Esperem e vão ver.
Obriguem é os políticos a compromissos assinados.

 
At 14/9/05 8:54 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Será que algum destes pobres candidatos à autarquia figueirense colocou questões desta natureza na agenda? Ou apenas valem os discursos ocos para enganar o pagode?
Eu até acho que eles nem conhecem o concelho que querem dirigir...

 
At 14/9/05 11:08 da tarde, Anonymous Anónimo said...

a) A fábrica é de cal hidráulica e não de cimento
b) A industrialização da zona existe desde o tempo do Marquês de Pombal (século XVIII)
c)Como é do domínio público, existe uma acção movida pela CMFF, creio,desde o passado mês de Junho
d)Na minha opinião, a acção foi precipitada e ecologicamente eleitoralista
e)Sem estar dentro do processo, mas pelo que sei, adivinho o desfecho do processo.

 
At 15/9/05 11:20 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Quero dizer ao sr.(a) anónimo(a) anterior que pelo menos o actual presidente mostra algo em relação ao problema. Enquanto isso a oposição cala e vive amarrada a interesses e relações pessoais complicadas, não é? O q interessa se a Cimpor faz hoje ali cimento ou cal hidráulica??? Interessa é que destrói o Cabo Mondego. Eu ainda sou do tempo da exploração do carvão, mas isso não tinha o efeito negativo da situação actual. Esqueceu o(a) anónimo(a) de o referir, tentando confundir os menos informados.
A Professora Helena Henriques tem mostrado onde está o cerne do problema, com grande mestria.
Este até era um debate interessante mas com os verdadeiros defensores do Cabo Mondego. Não os que sempre tentaram justificar aquela vergonha. Talvez por isso alguns teóricos da matéria não tenham credibilidade junto da comunidade científica.
P.S.: espero sinceramente que este blogue mantenha esta orientação. Serei um leitor atento.

 
At 15/9/05 3:09 da tarde, Anonymous Anónimo said...

E por que razão não vemos o Presidente Duarte Silva, com a mesma determinação, a impedir a ocupação intensiva da encosta da serra, com casas? Se é positivo defender as falésias, não entendo o outro critério permissivo!

 
At 15/9/05 3:56 da tarde, Blogger FigueiraMais said...

De facto, o que se produz na fábrica da Cimpor do Cabo Mondego é Cal e não cimento, apesar de pouco diferirem nos métodos de fabrico e nos efeitos sobre o património e a paisagem.
Mais antiga era a exploração das minas de carvão até ao ano de 1962, quando um incêndio a inviabilizou, definitivamente.
A declaração daquela área como património natural certamente teria efeitos positivos sobre a especulação imobiliária e abusos cometidos na encosta W.

 
At 23/9/05 11:37 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Todos ouvimos hoje o candidato Vitor Sarmento sobre o Cabo Mondego. Este senhor permitiu-se insultar tudo e todos e na linha histérica do Carrilho de Lisboa disparatou em todas as direcções, defendendo a Cimpor, insinuando acordos secretos e chegou ao ponto de dizer que santana Lopes fez uma "trapalhada" quando impediu a extracção de areias na praia. Quem é capaz de travar este candidato antes de proferir tantas asneiras.
A arrogância com que se referiu a Duarte Silva vai sair-lhe cara porque o actual Presidente não precisa de insultos para se fazer ouvir.

 

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