10 Mandamentos para um mandato
Em Abril de 2005, o Movimento Cívico Independente Figueira Mais divulgou um documento orientador para o desenvolvimento do concelho da Figueira da Foz, defendendo a perspectiva da integração nos campos social, cultural, económico e territorial.
10 MANDAMENTOS PARA UM MANDATO
4 anos é o tempo suficiente para a evolução positiva do desenvolvimento da Figueira da Foz, criando relações mais consistentes com os munícipes e as suas organizações representativas; definindo rumos e prioridades que preservem o património e os recursos; e melhorando a imagem de qualidade que desejamos para todo o concelho.
Os “10 Mandamentos” sintetizam os eixos fundamentais de acção da administração autárquica. É um documento de compromisso e de integração de objectivos que gostaríamos de ver globalmente assumido por todos quantos desejam protagonizar o futuro com empenho e dedicação.
1. PLANEAR E ORDENAR
• Assegurar que todos os actos da administração que afectam os cidadãos e implicam alterações físicas e funcionais do território resultem de planos de desenvolvimento.
• Cumprir as regras de urbanismo e de qualidade de vida urbana. As áreas habitacionais devem, antes de mais, servir os cidadãos e os seus direitos.
• Respeitar o PDM e seus enquadramentos na REN e na RAN.
• Articular os Planos locais com os Planos regionais de ordenamento (PDR-CL, POOC, PBH, etc.), bem como programar e gerir integradamente os recursos estratégicos (caso da água).
• Aprovar um Plano de Ordenamento específico e propor a criação da Reserva Natural do Estuário do Mondego, classificação que, por si só, garante a mobilização de recursos financeiros externos avultados e qualificantes. A protecção de biótopos insubstituíveis e a recuperação de actividades tradicionais como a salinicultura são acções inadiáveis.
2. PROTEGER O MEIO AMBIENTE
• Alargar os espaços verdes dentro das zonas urbanas.
• Combater a degradação da zona costeira e garantir praias limpas e qualificadas.
• Proteger as águas superficiais, subterrâneas e minerais como bens patrimoniais insubstituíveis.
• Criar um Organismo de Vigilância Ambiental preparado para intervir em atentados ambientais, prevenir impactes, evitar actos ilegais de exploração dos recursos naturais e dinamizar acções de educação ambiental. Este organismo funcionará sob a orientação de um Provedor do Ambiente que será responsável pelo enquadramento legal, pela audição de pessoas e grupos e pela abertura e organização de processos.
• Instalar o Fórum Municipal da Agenda 21, conforme está previsto no Protocolo de Quioto que Portugal subscreveu. Através do Fórum, muitas instituições, como as escolas, as autarquias e as empresas, podem conhecer melhor a realidade e conceber programas de protecção do meio ambiente.
• Aproveitar as vantagens de financiamento comunitário relativamente ao território incluído na Rede Natura 2000.
• Promover a verdadeira reflorestação da Serra da Boa Viagem e o ordenamento florestal das matas litorais do norte e do sul do concelho, contando com a colaboração dos serviços de Protecção Civil e corpos de Bombeiros.
• Garantir o funcionamento apropriado de ETAs e ETARs e concluir as redes de abastecimento de água e de tratamento de efluentes domésticos, urbanos e industriais.
• Limpar o concelho de “lixeiras a céu aberto” e programar a rotação da ERSUC na rede intermunicipal de Resíduos Sólidos Urbanos, encerrando o Aterro de Lavos. Deve ser implementado um programa de monitorização de impactes nos solos e águas subterrâneas que responda a possíveis acidentes e às dúvidas e preocupações das populações.
3. SUSTENTAR O CRESCIMENTO
• Construir o Centro de Exposições da Figueira da Foz, em estreita cooperação com a ACIFF, beneficiando das acessibilidades que, a curto prazo, vão servir a região.
• Privilegiar o apoio à agricultura biológica e divulgar as medidas agro-ambientais que são exigidas no actual quadro da PAC. Incentivar a realização de Feiras com produtos da região do Baixo Mondego.
• Acompanhar as empresas de pesca e a adaptação às novas condições. Incentivar, também, as aquaculturas e pisciculturas do estuário para que laborem em condições sustentáveis.
• Favorecer a instalação de indústrias não poluentes e desenvolver o potencial do Parque Industrial.
• Definir um programa de dinamização do pequeno e médio comércio tradicional.
• Promover empresas e recursos humanos através de acções e publicações conjuntas que divulguem as potencialidades do próximo QCA..
• Promover o Turismo temático e de nichos, integrado em rotas e eventos regionais (Feiras, ecoturismo, termas).
• Colaborar com as instituições oficiais com poder regulamentar, com empresas aeronáuticas e com o Aero Clube da Figueira da Foz, no sentido de ser construído o Aeródromo da Figueira da Foz, uma estrutura com instalações e serviços adequados e dimensão Ibérica.
• Requalificar e instalar Equipamentos turísticos de excelência nas frentes ribeirinha e costeira.
• Preparar a integração do concelho numa rede regional estratégica de aproveitamento das energias alternativas (sobretudo eólica, solar e das ondas).
4. FORMAR GERAÇÕES
• Assegurar a frequência do Ensino Pré-Escolar a todas as crianças do concelho.
• Concentrar esforços na optimização do Ensino Básico, valorizando as línguas, a cultura e o espírito científico.
• Estabelecer parcerias com os estabelecimentos de ensino para acções cívicas e comunitárias.
• Promover o ensino do Código da Estrada, no ensino básico, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes e com atitudes correctas no que respeita à utilização de veículos motorizados e circulação na via pública.
• Celebrar protocolos com organismos do Estado e instituições privadas para promover a qualidade da educação. Há todo o interesse em realizar uma Conferência Anual de Desempenho Escolar, com atribuição de Prémios aos melhores estudantes, às melhores Equipas de Trabalho, aos melhores Projectos e às escolas que atingem objectivos de qualidade reconhecida.
5. INOVAR NA INVESTIGAÇÃO
• Trabalhar concertadamente para a abertura de um Pólo da Universidade de Coimbra ou da Universidade de Aveiro na Figueira da Foz.
• Apostar no desenvolvimento estratégico e prioritário da investigação na área das Ciências do Mar, do Planeamento e do Ordenamento Territorial Costeiro e do Turismo.
• Criar mecanismos de interacção e cooperação entre os diferentes estabelecimentos de ensino superior da Figueira da Foz, promovendo a massa crítica e a avaliação permanente do desempenho e do impacto social e económico das diferentes unidades.
6. APROFUNDAR A CIDADANIA
• Respeitar a opinião dos cidadãos e das suas organizações. Cumprir os procedimentos administrativos próprios de um Estado de direito e manter o diálogo sobre todos assuntos que digam respeito à comunidade.
• Promover a igualdade de oportunidades entre as freguesias rurais e urbanas:
• Celebrar protocolos específicos com todas as ONGs a laborar na Figueira da Foz, por forma a conseguir um leque alargado de apoios às populações mais desfavorecidas e com dificuldades de vária ordem.
• Instalar institucionalmente o Conselho Consultivo Municipal, composto por representantes das forças vivas do concelho.
• Garantir uma verdadeira política de Habitação Social sem miserabilismos e oportunismos crónicos. Por outro lado, garantir aos proprietários que a aplicação do novo Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) será justa e sensata, de modo a evitar prejuízos incomportáveis para quem adquiriu a sua habitação com enorme esforço.
• Aprovar princípios orientadores para as assessorias e prestação de serviços na Câmara Municipal da Figueira da Foz, por forma a que tenham justificação no interesse público e na qualidade do serviço, tendo sempre em conta as áreas e o nível de formação dos agentes envolvidos.
7. PROMOVER A QUALIDADE DE VIDA
• Afirmar como prioridade a construção de um Pavilhão Municipal de Desportos. Um equipamento imprescindível para os cidadãos e clubes que permitirá, também, a realização de eventos globais na Figueira da Foz.
• Apostar decididamente na promoção de todos os desportos aquáticos (Vela, remo, Surf, pesca desportiva, caça submarina, mergulho, etc.), construindo instalações de qualidade nas zonas ribeirinhas das margens direita e esquerda do Mondego. Estas são áreas de recepção privilegiadas da cidade e com enorme potencial económico.
• Afirmar os desportos de contacto com a natureza (montanhismo, ciclismo, pára-pente, etc.), criando condições propícias como o aumento das ciclovias, os circuitos pedestres e a instalação de rampas/pistas de lançamento.
• Construir e requalificar Parques Urbanos e de Lazer, com equipamentos e jardins que contribuam para o bem-estar dos cidadãos e imagem das freguesias e povoações do concelho.
• Implementar programas de saúde pública, de prevenção de doenças e comportamentos de risco, em parceria com instituições especializadas. Nesse sentido, incentivar as actividades no âmbito de um plano designado “Figueira Saudável”, dirigido sobretudo aos mais jovens e aos mais idosos, com especial incidência nas aldeias do concelho.
• Celebrar protocolos com as administrações regionais e com instituições privadas de saúde, por forma a garantir o atendimento permanente nas zonas rurais mais afastadas, no apoio a populações envelhecidas e com dificuldades de deslocação.
8. GARANTIR A PAZ E A SEGURANÇA
• A Figueira terá de afirmar-se sempre como um concelho seguro e pacífico. A constituição de um corpo de Polícia Municipal parece um objectivo sensato e capaz de ter uma actuação complementar em relação às outras forças de segurança (PSP e GNR).
• Aumentar o apoio em meios humanos e materiais a todas as corporações de Bombeiros e do Serviço de Protecção Civil. Este é, aliás, um organismo municipal que tem funcionado bem e que deve alargar o seu potencial.
9. VALORIZAR A CULTURA E A ESTÉTICA FIGUEIRENSES
• Apoiar prioritariamente os clubes e associações culturais e recreativas de todas as freguesias, celebrando protocolos com base na programação e realização de actividades. Especial atenção deve ser dirigida a autores e colectividades que se dedicam à escrita, ao teatro, à dança, às artes plásticas e ao artesanato.
• Planificar a intervenção qualificada das artes e arquitectura na imagem da cidade, das vilas e das povoações do concelho. A Arte Pública ,com critério, deve ser uma mais valia na construção da nossa identidade.
• Constituir o organismo municipal que levará a efeito a 1ª Bienal de Artes Plásticas da Figueira da Foz, evento capaz de projectar o nome da Figueira além fronteiras e de dinamizar uma grande parte do tecido económico-social da região.
• Estabelecer uma parceria institucional com o Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz que garanta a sua realização regular, a qualidade da programação e a projecção externa.
10. PRESERVAR O PATRIMÓNIO E OS RECURSOS
• Proteger, recuperar e valorizar o riquíssimo espólio arqueológico que o concelho possui.
• Resolver definitivamente o problema da exploração das pedreiras do Cabo Mondego, iniciando a construção de um Parque Geológico do Cabo Mondego com interesse mundial. Só a inépcia e a irresponsabilidade justificam que se tenha chegado a uma situação tão degradante como a do presente. A requalificação ambiental e paisagística do local permitirá criar ali um verdadeiro “Ex-Libris” da Figueira da Foz, atraindo muitos investigadores e instituições científicas internacionais.
• Constituir as parcerias essenciais para a reconstrução do Convento de Seiça, dando-lhe, a par do Paço de Maiorca e do Paço de Tavarede, uma utilidade não penalizadora para os contribuintes.
• Fazer o levantamento e intervir qualificadamente na recuperação dos monumentos militares costeiros (Forte de Santa Catarina, Fortim de Palheiros e Muralhas de Buarcos) e outros monumentos classificados ou de interesse municipal.
47 Comments:
Lembro-me perfeitamente da notícia que dava conta em Abril dos vossos 10 mandamentos. Vocês foram os primeiros, sen dúvida. Simplesmente, demoraram a ter visibilidade na blogosfera e no mundo da Net e, vai daí, avançaram outros que decalcaram as vossas ideais: Amicus Ficaria, BE, and so on.
Por isso, não desistam agora. Ataquem ferozmente como sempre foi vosso apanágio. Vós sois um grupo de intelectuais e outros profissionais que nao precisam da política para viver. Muitos de vós são competentíssimos.
Vigiem os passos dos quixoteiros deste concelho.
Parabéns e bem vindos.
Até que enfim. Agora é a sério? Vão manter mesmo o blog?
Que a VERDADE seja o vosso lema, que o que é IMPORTANTE vos mova, a bem da FIGUEIRA bem vindos!
Este grupo deveria ter ido a eleições.
A isenção deste novo blogge deixa-me algumas reservas.
Porque será que em véspera de campanha e eleições a Figueira + aparece?!
Desenganem-se que não é por acaso, nem em nome do municipio como dizem, acreditem que é por odios de estimação.
O Dr.Arrobas que trate da vida dele que bem precisa!!!
O Prof.Carlos Fernandes, não estrague a sua imagem.
O Zé Luis Ribeiro, já nós sabemos.... e por acaso não é familiar do Dr.Sarmento?! Pois, já se está a ver que tipo de criticas e acusações vão sair e para quem!!!
Aguardem para ver.
Só hoje tive conhecimento deste blog. Como vivo fora da Figueira, procuro inteirar-me o mais que posso, das reflexões e propostas para a minha terra. Por isso tenho intervindo no "abeiramar" do JLS.
Achei interessantes os 10 mandamentos, mas revelam muito a formação geográfica do Zé Luís. Questões como a mobilidade, a facilitação no acesso aos serviços, a sociabilidade do espaço público, a gestão estratégica urbana, por exemplo, parecem-me insuficientemente tratados.
Fica o meu recado com votos de mais e melhor trabalho pela Figueira.
Também achei isso, muito Dr ZL Ribeiro. Também lá se encontram algumas ideias do professor Carlos Fernandes, embora muito poucas. O resto da malta, sinceramente, não conheço. O Dr Arrobas é um pedante. No blog da candidatura dele de Cascais diz que é professor da direito da Internacional, o que é manifestamente mentira. Deu lá umas aulas e de baixa qualidade. Fui aluno dele numa pós-graduação e é um desastre. Fala de mais para o meu gosto. É um bom vendedor.
O Blog devia ter um amigo do professor, o Barra da Costa.
Professor. Por favor, não se associe ao Arrobas da Silva. É um conselho que lhe dou. Saia do blog ou mude os seus colaboradores. O José Luís é um gajo porreiro e sabe do que fala. Esse pode ficar. Os outros não se sabe quem são. PLEASE. Faça isso prof.
Ex-aluno
Sinceramente, acho que o Prof. Carlos Fernandes está muito mal acompanhado. Não se associe a gente como o Arrobas ( só lérias) e a gente como Zé Luis Ribeiro ( cede de chegar ao poder).
Vai ver que se vão aproveitar de si. Da sua inteligência.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Asneiras toda a gente faz minha linda, o importante é que não sejam como esta que escreveu.
Não há mesmo concerto para esta malta. O blog colocou á disposição o manifesto que apresentou á comunicação social em abril. estão ali ideias para discutir. E a malta está a discutir se fulano, sicrano e beltranop devem estar ou não no blog. Mas esta gente só tem l~ingua e dedos? Não tem cérebro para pensar?
Deixem-se destas coisas. Dá mau aspecto á figueira.
Discutam o manifesto figueira +.
Isso mesmo. Não respondam a este tipo de comentários fuleiros, de muito baixo nível. Vamos começar a debater as ideias do figueira +.
Comecemos.
Então, tendo em consideração o primeiro mandamento como estamos de Ponta do Galante?
Penso que esta embargado. Mas nunca soube muito bem as razões de um lado e de outro.
Já veio publicado na Imprensa que a auto-estrada A17, entre Leiria e Mira vai arrancar com obras em Setembro. No entanto só o 1º troço de ligação Leiria-Louriçal estará concluído no Verão de 2007. Faltará o mais difícil e mais caro que é vencer a travessia do Mondego e dos campos alagadiços do Pranto. Esse será o troço fundamental para desbloquear o isolamento litoral da Figueira, pelo que é urgente que as forças vivas da terra se mexam na pressão junto do Governo, no sentido da conclusão da obra, o mais célere possível.
Ñem sempre os engenheiros conseguem vencer determinadas barreiras naturais. Há que acautelar tb os problemas ecológicos. E depois estamos em crise. Mas é pena. Porque a A17 só lhe falta este troço e uns kilometrozitos em aveiro.
Mas alguem sabe como está o processo do troço louriçal - mira?
As duas intervenções anteriores são muito pertinentes.
O problema fundamental vai prender-se precisamente com o troço a montante do estuário, onde os investimentos são maiores e onde há que acautelar uma série de impactes, até porque estamos numa zona húmida e com possibilidade de contaminação de águas subterrâneas minerais (caso da Amieira). Quer o ambiente de superfície quer a possível contaminação de lençóis freáticos e aquíferos foi objecto de alerta por parte de organizações de defesa do meio ambiente e autarquias do Baixo Mondego, aquando da discussão pública do projecto. Foram apresentadas alternativas de travessia (mais baratas) e exigidas soluções técnicas que respeitem as normas nacionais e comunitárias. Vamos aguardar.
Por princípio, não são excluídos comentários, pois é preferível que todos saibamos como uma parte dos figueirenses exprimem as suas ideias, propostas ou críticas, ainda que dirigida e sob a capa do anonimato.
Por vezes, no entanto, são ultrapassados todos os limites e atinge-se a ofensa pessoal grave e gratuita.
Sempre que isso aconteça, limpamos o quadro.
É fantástico aparecerem grupos de pessoas e associações como esta e a Amicus Ficaria, apresentando Manifestos de modo a começar-se a discutir a sério a Figueira da Foz. Se não se faz nos partidos então que se faça noutros lados, sim senhor!
Alguem sabe exactamente por onde passará a via a norte do mondego? Liga-se à A14 onde?
A A17 previsivelmente vai ter um nó de ligação à A14 na Salmanha. Mas também é possível que isso venha a ser feito mais a norte (em Quiaios), dependendo da opção escolhida na construção da ponte sobre o Mondego. Foram propostas alternativas de compromisso (face às alternativas A,B e C do projecto) que serão agora decididas pelo Estado
Em Quiaios faz sentido? A A14 não passa por lá! Na Salmanha seria o mais indicado, dado que é perto da entrada da cidade e cruza a A14. A acessibilidade fácil é um valor a defender também.
Essa ligação em Quiaios, para mim é novidade. Do que conheço do projecto haveria um nó no Vale de Murta (a nascente de Vila Verde). Mas impota também conhecer se há ou não um acesso à Gala, de modo a potenciar a Zona Industrial e Portuária. Os nós entre Leiria e Louriçal, esses já estão perfeitamente definidos: Leiria norte, Ortigosa/Monte Real e Guia/Pombal, esta com acesso à A1.
Sim, até porque o acesso ao hospital continua complicado com a ponte dos arcos a afunilar o transito, sobretudo no verão. haverá algum nó de ligação da A17 a sul perto do paião ou do parque industrial?
O projeto da ponte do galante que problemas ambientais é que levanta exatamente? Ou são só problemas estéticos? Nunca percebi o que se debate lá. Alguem pode explicar tecnicamente?
Do que li e ouvi na altura parece que tem a ver com um veio de água que passa por lá e pela altura das construções. Mas não sei explicar tecnicamente.
na altura também se disse que tinha a ver apenas com interesses dos moradores da zona que deixavam de ter vistas para o mar. Mas que é necssário resolver aquilo depressa é. Parece mal. Numa avenida aquele matagal e areal é horrivel
Sobre o Vale do Galante, para além da questão estética de construir mais um volume enorme a acrescentar à muralha de prédios já existente, tem complicações quanto ao sistema de circulação de ar oeste-este, quanto à relexão luminosa, quanto à carga de tráfego motorizado que o projecto acarreta,quanto ao tal curso de água (Galante) e claro à especulação imobiliária que contraria o PDM. É um modelo desactualizado de ocupação da frente marítima sem qualquer benefício para a cidade.
Em relação às ligações da futura A17 a Câmara fez umas reuniões com as freguesias sobre o tema, mas a sociedade civil, que eu saiba, nunca debateu o tema.
Corrijo. Quis escrever reflexão luminosa e não "relexão".
O projecto do galente não inplica só problemas ambientais
Todo o processo esta envolto em coisas estranhas.
Mas tb concordo que tem que se fazer qualuqer coisa naquele lugar. Envergonha qualquer figueirense aquele baldio
Os autores deste blog sabem o que se passa com a ponte do galanteem termos ambientais? Qual é o projeto para lá e em que é que ele prejudica o ambiente, se é que prejudica?
O projecto criou polémica não tanto pelo seu significado e localização, mas pelos problemas que existiram a montante, aquando do negócio de venda dos terrenos.
É verdade que também levanta questões sobre o cumprimento do PDM da Figueira da Foz (volumetria, densidade de ocupação, etc.) que têm de ser resolvidas e corrigidas.
Por outro lado, não faz sentido falar de atentado ambiental pela impermeabilização de uma pequena linha de água, pois hoje existem soluções para resolver e integrar esse factor que é de reduzida dimensão.
Além disso, é necessário perceber que aquele pode ser um grande investimento qualificante para a Figueira da Foz, de modo a permitir que a cidade dê o salto qualitativo que lhe falta na oferta turística. E investimentos com peso, como bem sabemos, escasseiam em qualquer parte do país.
Há que fazer opções que salvaguardem a paisagem urbana e a qualidade de vida dos moradores, mas que, ao mesmo tempo, permitam levar por diante empreendimentos que dinamizam a economia local.
Se não levanta problemas ambientais já me tranquiliza. É assim tão dificil corrigir de acordo com o PDM para vermos aquela zona qualificada? Depende de quem?
Mais um blog do PS....
ISto está lindo....
E ainda dizem que é independente...
Já agora esse sr Ze Luis Ribeiro quer é aparecer nos jornais e na tv a falar de ambiente. Dedique-se à pesca que é bem melhor.....
O Cubilhas
Muitos moradores insurgiram-se com panos pretos nas janelas por causa do projecto do galante. A maioria é PS. O projecto chumbado foi da autarquia (PSD), ou estou enganado? E já agora, Figueiramais, que negócios foram esses a montante?
O problema surgiu e criou muita polémica pública aquando da aquisição do terreno. Não fazemos considerações sobre quem tinha ou não razão nem é isso que interessa.
A autarquia queria e quer desenvolver o projecto e, tal como dissemos atrás, ultrapassados alguns aspectos menos conseguidos, consideramos que o projecto pode ser uma mais valia para a cidade e para a oferta turística da região.
Mais do que centrar a guerrilha partidária na Ponte Galante, ou noutro qualquer projecto com viabilidade, é necessário criar consensos alargados para que os investimentos se concretizem e sejam bem aplicados.
Lamento , mas discordo em absoluto que o projecto da ponte do galante seja benéfico para a cidade e requalificante da frente marítima. O Hotel (discutível quanto à viabilidade de ocupação e quanto à estética do volume) é só o pretexto para a construção intensiva de 2ª habitação, em anexo. Vejam os dados do INE e tentem perceber por que é que a Figueira não tem aumento demográfico e é o Concelho da Região Centro com mais edifícios novos em 10 anos. Este emprendimento é "gato escondido como rabo de fora" quanto ao negócio imobiliário, desrespeitando todos os equilíbrios indicados e bem no PDM. Apontar as "baterias" só para a questão do ribeiro do Galante é desviar do essencial. CUIDADO!
Reforço a ideia. Observem a ocupação irracional do solo que está a ser feita onde era a fábrica de cimento do Cabo Mondego. Arquitectura tipo bairro social da Reboleira, sistema de vistas de linhas habitacionais recuadas desprezado, impermiabilização de terrenos e... dificuldade de venda dos imóveis!
A identidade da Figueira são a sua riqueza. Não se pode transformar numa nova Caparica. Olhem o exemplo que foi a demolição das torres de Tróia. O Belmiro não é parvo!
De facto a figueira é esta tristeza. No galante vão fazer uma tróia para daqui a uns anos se deitar a baixo. No local da fábrica do cimento estão a fazer a coisa mais inestética e infame que se poderia imaginar.
Muito mau mesmo.
Estive a ler este manifesto. Para mim esta forma de abordar as questões e de apresentação são uma bela novidade. Penso que devem continuar apresentando à discussão alguns temas de interesse para os figueirenses. Continuarei a visitar-vos.
O figueiramais sabe como está a qualidade das nossas praias? E a nossa água das torneiras?
Há muitos factores que fazem variar esporadicamente ou sazonalmente a qualidade das águas balneares, fluviais e estuarinas. Por exemplo, dada a carga de poluentes, contaminantes e microalgas tóxicas que se desenvolvem na água, este foi um ano especialmente perigoso para o consumo de bivalves e outras espécies de substratos móveis.
Quanto à água da torneira, deve dizer-se que a Figueira está localizada no troço final de um rio (o Mondego) que transporta grandes quantidades de matéria orgânica (de todos os esgotos da bacia hidrográfica), efluentes industriais, agrícolas, das pecuárias e da suinicultura, pesticidas, nitratos, fosfatos, entre outros. Temos uma ETA em Vila Verde que filtra e trata o que pode, mas a verdade é que não podem garantir-se os níveis de qualidade que todos desejamos.
Por isso mesmo as associações de municípios deveriam colaborar com as ongs defensoras do ambiente. Assim podiam coordenar essas descargas e tratamentos ao longo do rio. Por exemplo, porque não haver associações de todos os municipios de um dado rio e só dedicado á água e exploração desse rio? Sei lá, uma coisa do tipo associação de municpios do rio mondego, outra do rio tejo, outra do guadiana, outra do douro, outra do minho, etc.
Isso é a proposta do actual Ministro do Ambiente que é a gestão de bacias hidrográficas no su todo.
Sobre o Hotel do Galante, é só pensar por que é que o Belmiro de Azevedo mandou implodir as torres de Tróia. Entendeu que o novo modelo turístico não é aquele!
Os blogs da figueira estão todos mortos. Ninguém comenta. Why?
A nossa serra está a arder. As autoridades camarárias e não camarárias responsáveis pelas matas não são criminalmente responsabilizadas por esta catástrofe? Só aparecem nas televisões todos chamuscados para dizer que estão preocupados e que lutam para proteger as nossas matas? Não previnem porquê?
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